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CINEMA (Thais Fernandes) no PIAUÍCult. 

Sobre... (Thais Fernandes). 

Cinco perguntas para Thais Fernandes

Cineasta dirigiu 'Um corpo feminino', que levou o troféu de Melhor Filme na Mostra de Curtas Gaúchos


1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Thais Fernandes, 'porto-alegrinha' de nascença - cineasta, jornalista e teatreira (nem sempre nessa ordem). Sou formada em Jornalismo, pois, quando fiz vestibular, ainda não tinha faculdade de Cinema no Rio Grande do Sul. No fim das contas, acho que foi uma das melhores coisas que eu fiz - não tive uma formação artística voltada para o cinema, mas foi no jornalismo que desenvolvi minhas habilidades de escrita e escuta. Sempre tive um interesse grande por temáticas sociais, e foi também no jornalismo que organizei melhor tudo isso na cabeça. É talvez também 'culpa' do jornalismo que a maioria dos meus trabalhos é documental. Eu ainda me aventuro no teatro - passei no vestibular da Ufrgs em 2005, mas não consegui conciliar duas faculdades ao mesmo tempo. Mesmo assim, como fiz teatro desde pequena, segui fazendo cursos por fora e acabei fundando o Cena Expandida, um coletivo no qual misturo minhas habilidades de vídeo com o teatro.

No cinema, comecei como montadora - atividade que ainda exerço e gosto muito - mas sempre quis dirigir. Tem muita ideia nessa cabeça. Aliás, montar é uma das melhores escolas para quem quer ser diretor. A gente aprende muito sobre narrativa tentando organizar as ideias dos outros na ilha de edição.


2 - Como e por que escolheu atuar na área da Comunicação?

O teatro, talvez, tenha sido a porta de entrada. Comecei a fazer teatro ainda pequena, porque eu era tímida. O 'remédio' funcionou. O Jornalismo e o Cinema vieram na sequência e serviram para lapidar essa vontade de dizer tantas coisas. Quando preciso preencher o campo 'profissão' em algum formulário, ainda assino como jornalista, mas acredito que consigo conjugar todas as minhas referências no meu trabalho como cineasta.


3 - Como foi ganhar o troféu de Melhor Filme na Mostra de Curtas Gaúchos, no 46º Festival de Cinema de Gramado?

É um reconhecimento superimportante. Primeiro, porque é um filme que trata de uma temática que precisamos discutir sem tabus. A ideia nunca foi responder à pergunta "O que é um corpo feminino?", mas provocar o debate. Segundo, porque é um projeto financiado pelo Fumproarte - um prêmio muito importante para os trabalhadores da cultura de Porto Alegre que está enfrentando muitas dificuldades nos últimos anos. Apesar de já termos realizado o filme e a plataforma online, ainda não recebemos o prêmio na íntegra. Outros projetos estão na mesma situação, e é preciso ressaltar que o fundo é essencial para a manutenção da cultura da cidade. 


4 - O que este prêmio significa na sua carreira?

'Um corpo feminino' é meu primeiro projeto grande, com financiamento. Meus outros curtas foram todos produzidos com pouco ou nenhum dinheiro. O reconhecimento que recebemos por meio do prêmio de Melhor Filme e Roteiro só reforça que, com os recursos adequados, fica muito mais fácil desenvolver nossas potencialidades. Espero, também, que o prêmio abra portas para o filme circular em mais festivais, já que, infelizmente, curta-metragem tem muito pouco espaço na TV e quase nenhum no cinema.


5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Seguir trabalhando com cinema e vivendo disso! Junto com a Besouro Filmes, estou dirigindo outros dois projetos documentais - uma série sobre religiões para o público infantil e um longa-metragem sobre fronteiras. Espero ver esses trabalhos prosperarem e circularem muito por aí.

Fonte:

www.coletiva.net/especiais-46-festival-de-cinema


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