O sepultamento aconteceu na manhã deste sábado (5) e foi acompanhado por parentes, admiradores e ex-alunos da bandolinista. O velório foi marcado por uma apresentação de alunos da Escola de Bandolins Dona Petinha. A musicista 97 anos, quase todos eles dedicados à música, seja em apresentações por todo o país ou lecionando música para jovens e adultos.
Dona Petinha começou na música ainda criança. Filha de pai flautista e de mãe pianista, Petrolina Rego iniciou os estudos muito cedo, sendo uma das alunas da bandolinista Araci Rego, mãe do poeta O.G. Rego de Carvalho. Tocou em grupos, como a banda Voz do Coração.
Em 1983, em comemoração aos 250 anos da Igreja Nossa Senhora da Vitória, em Oeiras, cinco ex-companheiras de banda se reuniram para uma apresentação. Daí surgiu o grupo Bandolins de Oeiras, formado por Dona Petinha, Lilália Freitas e Rosário Lemos, já falecidas, e Niêta Maranhão e Maria José Ferreira. O grupo gravou um álbum em 2000, e se apresentou em diversos estados brasileiros, na Argentina e no Paraguai.
O trabalho de Dona Petinha plantou sementes na cidade de Oeiras, onde hoje existe a Escola Estadual de Bandolins Dona Petinha, onde vinte e cinco jovens aprendem a arte transmitida pela musicista. Há ainda o grupo Novos Bandolins de Oeiras, que busca manter a tradição iniciada pelas cinco bandolinistas.
Para os amigos fica a lembrança da doçura da talentosa musicista que foi a líder do grupo durante mais de 30 anos. “Era uma pessoa muito carinhosa, muito emotiva, recebia a todo mundo bem”, contou Herbert Vinícius, professor da Escola de Bandolins. “Ela é nossa referência, e a gente sempre teve a dona Petinha lá, acompanhando, e acredito que ela vá continuar, de onde quer que esteja”.
O Governo do Estado do Piauí e a prefeitura do município de Oeiras divulgaram nota de pesar sobre o falecimento de Dona Petinha: